Estimativa da Conab indica que safra de café 2013 deve apresentar crescimento com 12.836 milhões de sacas, mas especialistas capixabas avaliam que o resultado pode ser diferente do previsto
A primeira estimativa da produção de café para a safra 2013, divulgada pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), indica que o Espírito Santo terá um crescimento de 2,67% na colheita deste ano em relação ao ano passado, com uma produção de 12.836 milhões de sacas. Do total geral estipulado pela pesquisa, 9.522 milhões de sacas do tipo conilon e 3.314 milhões serão de café arábica. Em comparação à safra de 2012, a primeira qualidade deve apresentar um decréscimo de 2% e a segunda um acréscimo de 18,82% na produção.
Apesar da previsão, produtores avaliam que a safra poderá apresentar resultado menor que o esperado por conta do período de estiagem que se estendeu do final do ano passado até janeiro deste ano. “Essas pesquisas anuais são realizadas de maneira criteriosa, porém a coleta de dados para essa primeira estimativa foi feita em um período de precipitações, em novembro do ano passado. O período de seca nos pegou de surpresa e arriscodizer que chegaremos a um decréscimo na produção, em vez de acréscimo”, declara o presidente da Comissão Técnica de Café da Faes - Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo, José Umbelino de Castro.
Segundo dados do Incaper (Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural), os meses de novembro a janeiro são normalmente de bastante chuva, o que não ocorreu este ano. Para as plantações de café, as chuvas de verão são essenciais para a qualidade do produto, que nesse período acaba de sair da fase de flora e fertilização para iniciar o enchimento dos grãos.
Em Jaguaré, produtores rurais chegaram a perder até 30% da safra por conta da forte seca. “Mesmo com todo nosso cuidado com a lavoura e uso de novas tecnologias não conseguimos vencer a falta de água. Em meus 90 hectares de área plantada o que foi perdido não pode ser recuperado. O que posso fazer é cuidar do solo castigado e esperar que o próximo ano seja melhor para a plantação”, afirma o cafeicultor Inácio Briorchi.
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