segunda-feira, 20 de maio de 2013

Bromeliário recebe visita de estudantes nesta quarta na Serra



No núcleo do Parque da Cidade há 430 espécies expostas para visitação
Marcos Sacramento
Mais uma turma de estudantes do Prepara Cursos Profissionalizantes, de Laranjeiras, participa nesta quarta-feira (22) de uma visita monitorada ao Centro de Estudo, Pesquisa e Conservação de Bromeliaceae da Serra (Ceps), no Parque da Cidade. A atividade está prevista para começar às 14 horas e será cobrada em avaliação aos alunos do curso, voltado a estudantes que pretendem ingressar na carreira militar. 
DivulgaçãoO biólogo Nagibi Neto, durante uma atividade monitorada no bromeliário do parque
Os estudantes irão conhecer o bromeliário, o jardim temático de restinga e os viveiros de plantas ornamentais e da mata atlântica que existem no parque. Entre as atividades, está a coleta e análise em microscópio da água e matéria orgânica dos tanques das bromélias.
“Eles aprenderão sobre a importância da bromélia para a biodiversidade onde ela esteja inserida, seja no solo, sobre rochas, árvores e nas areias das restingas”, explica o biólogo Nagib Neto, coordenador do projeto, que conta com dois núcleos, um no Parque da Cidade e outro no sítio Morro do Céu, na zona rural do município.
Nestes núcleos são cultivadas mais de 900 espécies de bromélias, fazendo do projeto Ceps um dos maiores bancos genéticos de bromeliaceae do Espírito Santo. No núcleo do Parque da Cidade há 430 espécies expostas para visitação de escolas ou grupos organizados, que podem se inscrever gratuitamente para as visitas monitoradas por meio do telefone 3338-7302. 
Algumas informações sobre as bromeliaceae
As bromélias são consideradas um dos mais interessantes e versáteis representantes da flora brasileira. A descrição da família bromeliaceae é atribuída ao padre francês Charles Plumier, que no final do século XVII se deparou com um conjunto de plantas diferentes e resolveu batizá-las de bromélias, em homenagem ao botânico sueco Olaf Bromel. Em 1789, foi estabelecida formalmente a reunião destas plantas, que se designou por Bromelie.
Atualmente é considerada a segunda maior família de monocotiledôneas epífitas, sendo superada em número apenas pela família Orchidaceae. As bromeliáceas são notáveis pela sua diversidade ecológica, apresentando espécies terrestres e epífitas - que vivem sobre outras plantas. Podem ser encontradas desde o nível do mar até em altitudes acima de 4000 metros e em uma grande variedade de habitats, desde desérticos, quentes e secos, até florestas úmidas e regiões montanhosas mais frias.
Estas plantas funcionam como bioindicadores, acusando o grau de conservação do ecossistema e em alguns casos ainda cumprem uma outra função importante: atuam como plantas pioneiras, aquelas que nascem primeiro em terrenos hostis e rochedos e abrem caminho para a instalação de espécies menos resistentes ao criar áreas sombreadas, mais úmidas ou iniciar a reciclagem de nutrientes.
O biólogo Nagibi lembra que o projeto Ceps também pretende contribuir para acabar com o estigma de que as bromélias são criadouros do mosquito da dengue. “O mosquito da dengue não gosta de destas plantas. Ele gosta de materiais inorgânicos, onde não há predadores, diferente das bromélias, que podem abrigar desde microorganismos até pequenos vertebrados”, explica.
 

CRÉDITOS: Secretaria de Meio Ambiente | 20/05/2013

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