domingo, 26 de maio de 2013

Caminhada em Camburi marca combate à violência sexual infantojuvenil


Um grupo de cerca de 300 pessoas esteve reunido neste domingo (26) na praia de Camburi para marcar o Dia Nacional de Combate à Violência, ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes (comemorado no dia 18 de maio). Os participantes, entre eles famílias com crianças, caminharam pela avenida Dante Michelini, desde o píer de Iemanjá até o cruzamento com a avenida Adalberto Simão Nader, usando roupas brancas e roxas.
"Violência sexual contra crianças e adolescentes tem em todas as classes sociais. Em alguns casos é muito comum observar uma mãe conivente porque não sabe como proceder para impedir que uma criança seja vítima. É um problema grave. Então, quanto mais gente consciente, melhor", afirma a estudante de Serviço Social e mãe da pequena Victória (6 anos), Junia Ramos.
"Estamos preocupadas com as crianças que apanham", revela a pequena Ana Luiza Rodrigues Magalhães, que, aos 6 anos, já sabe que casos de abusos devem ser denunciados. Ela participou da caminhada junto dos avós Rosinere Magalhães e Luiz Bispo dos Santos Filho. "Muitas pessoas têm medo de denunciar. Mas esse crime precisa ser combatido e os criminosos não podem ficar impunes", comenta Rosinere.
Bispo concorda com a esposa: "É necessário denunciar. Eventos como esse são importantes para disseminar as informações sobre o assunto e motivar a participação da sociedade".
A caminhada foi uma ação em parceria entre a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) e o Fórum Municipal de Enfrentamento à Violência, ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes.

Dados

Em 2012, os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) acompanharam 281 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes na capital. Desses, 192 vítimas eram meninos e 89, meninos. Neste ano, 44 novos casos foram atendidos pelos Creas: 31 meninas e 13 meninos.

18 de Maio

Em 18 de maio de 1973, a menina capixaba Araceli Cabrera Crespo, de apenas 8 anos, foi drogada, espancada, estuprada e morta por jovens da alta sociedade. O martírio de Araceli significou tanto que o dia em que ela desapareceu em Vitória, transformou-se no Dia Nacional de Combate ao Abuso, à Violência e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes.

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