A vida de jornalista é ouvir, ler e ver relatos, fatos e histórias. Depois passar para o papel com fidelidade o que ouviu, leu e viu. Tem casos que absorvemos e não passamos adiante, ficamos como um eterno guardião. Mas existem situações que além de escrevermos, também contamos e recontamos. É o caso de um relato que um dia ouvi do italiano Giuseppe Montanari, que tem uma grande ligação com o Brasil e com o Espírito Santo, casado com Doralice Kobe, prima de minha esposa Eliane. O volume de informação é muito grande que entra nos nossos ouvidos, com tendencia de ampliação crescente.
Em 2009, durante a nossa estada na Itália, percorrendo vinículas Giuseppe me falou de um amigo que quando atingiu a faixa de 30 mil litros safra vivia bem e produzia qualidade que proporcionava um belo retorno financeiro. É o que podemos classificar como sucesso absoluto.
Segundo Giuseppe o seu amigo impulsionado pelo sucesso foi dando saltos. A cada ano aumentava a sua marca, chegou a 60, depois 90 e assim logo logo atingiu 120, 150 e 180 mil litros por safra. O infinito parecia a próxima meta, mas quando chegou a 180 descobriu três coisas:
que estava falido,
estressado
e com um produto de péssima qualidade.
Eu não sei quantas vezes já contei este relato, por isto tenho tomado o cuidado de antes de começar a falar perguntar ao interlocutor: eu já te contei a história das garrafas?
Se a resposta é não, conto. Se a resposta é sim, mudo a conversa.
O curioso, duas pessoas me disseram que aprenderam muito com a história das garrafas.
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