17/05/2013 - 11h12min
Esta sexta (17) será de discussões técnicas em torno da aquicultura durante a 1ª Exposição Agropecuária Norte Capixaba (GranExpoNorte). E o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) é responsável por conduzir estes trabalhos.
A experiência da Associação de Piscicultores do Guaxe (Apigua) na produção e no beneficiamento de tilápias será apresentada numa visita técnica monitorada pela zootecnista do Incaper Gláucia Praxedes. À noite, a pesquisadora do Incaper, Marcia Vanacor, apresenta a cartilha “Pesca e Aquicultura – Metas para sustentabilidade”, que será lançada no evento.
Durante o dia, um seminário irá traçar o panorama da pesca e da maricultura no litoral Norte capixaba. O engenheiro de pesca Antônio Carlos Cavalcanti de Souza e a pesquisadora Márcia Vanacor Barroso, ambos do Incaper, participam ativamente das discussões. Entre os temas da mesa redonda, a situação atual da pesca no Espírito Santo, as espécies de peixes marinhos potenciais para a maricultura e a piscicultura ornamental marinha. Os debates sobre os rumos da pesca e da maricultura no Espírito Santo serão mediados por profissionais do Incaper.
Pesca
O engenheiro de pesca do Incaper, Antônio Carlos Cavalcanti de Souza, vai abordar a situação atual da pesca no Espírito Santo. “Vamos fazer uma reflexão da história da pesca para entendermos o que de fato está acontecendo atualmente. Traçar a trajetória histórica institucional da pesca e da política de pesca a nível de Brasil e de Estado”, disse Antônio Carlos Cavalcanti de Souza.
Ele observa a enorme diferença entre o Norte e o Sul do Estado no que se refere à atividade pesqueira. “No Sul do Estado, há desenvolvimento tecnológico significativo em todos os aspectos. A frota pesqueira se modernizou, a atividade é promissora, as pessoas querem investir no setor, querem ser mestres de embarcação. A Região Norte é bastante piscosa, pessoas saem do Sul para pescar lá. Mas o Norte não conseguiu transformar a frota para capturar espécies de maior valor econômico. A maioria dos barcos tem pouca autonomia, vai e volta no mesmo dia. No Norte, filho de pescador não quer ser pescador”, disse.
O objetivo da palestra ministrada pelo engenheiro de pesca do Incaper é despertar a consciência dos pescadores para que eles possam aproveitar o potencial que existe na Região. Questões como logística e infraestrutura, como a construção de atracadouros e o problema do assoreamento nas barras de acesso aos canais de atracação estão entre os temas a serem discutidos.
Fazendas marinhas
A pesquisadora do Incaper, Márcia Vanacor, defende a implantação de fazendas marinhas no litoral do Espírito Santo. A proposta é desenvolver a piscicultura marinha de menor porte, em águas abrigadas. “Temos que desenvolver a piscicultura marinha em pequeno volume. O modelo em alto mar é extremamente oneroso, tem que ter barco, equipe, tanques que chegam a custar milhares de dólares. Isso não é para o nosso público”, disse a pesquisadora do Incaper.
Márcia Vanacor lembra de algumas espécies consideradas potenciais para criação em cativeiro, como o vermelho, a cioba, a caranha e a seriola, também conhecida como olhete. “Estas espécies apresentam uma resposta interessante ao cultivo. Aceitam alimentação à base de ração e têm crescimento razoável. O produtor não fica três, quatro anos investindo e esperando resultado. A carapeba também é uma espécie interessante, principalmente porque é onívora, come de tudo”, avalia.
“Minha ideia é fazer fazendas marinhas com várias espécies. Até porque quando há diversificação, há menos riscos de acidentes ambientais. Penso no cultivo de ostra juntamente com várias espécies de peixes e algas, para diversificar o ecossistema”, complementou a pesquisadora do Incaper.
Estande
Um estande montado no evento representa o setor de aquicultura e pesca do Espírito Santo. Governos, associações, sindicatos e empresas de venda de alevinos, de ração e equipamentos para a aquicultura, além de frigoríficos de pescado, vão apresentar, suas experiências, produtos e serviços. Os visitantes terão a oportunidade de conhecer espécies de peixes com potencial para piscicultura, como a tilápia, cujas fases de desenvolvimento da tilápia serão apresentadas numa linha de aquários. A pesca artesanal também será representada, com a exposição de peixes capturados no mar. Produtos à base de pescado serão comercializados e disponibilizados para degustação.
Informações à imprensa:
Assessoria de Comunicação – Incaper
Juliana Esteves/Luciana Silvestre/ Milan Salviato
Texto: Juliana Esteves
comunicacao@incaper.es.gov.br
Tel.: 3636-9865/3636-9868/8849-6999
Twitter: @incaper
Facebook: Incaper
A experiência da Associação de Piscicultores do Guaxe (Apigua) na produção e no beneficiamento de tilápias será apresentada numa visita técnica monitorada pela zootecnista do Incaper Gláucia Praxedes. À noite, a pesquisadora do Incaper, Marcia Vanacor, apresenta a cartilha “Pesca e Aquicultura – Metas para sustentabilidade”, que será lançada no evento.
Durante o dia, um seminário irá traçar o panorama da pesca e da maricultura no litoral Norte capixaba. O engenheiro de pesca Antônio Carlos Cavalcanti de Souza e a pesquisadora Márcia Vanacor Barroso, ambos do Incaper, participam ativamente das discussões. Entre os temas da mesa redonda, a situação atual da pesca no Espírito Santo, as espécies de peixes marinhos potenciais para a maricultura e a piscicultura ornamental marinha. Os debates sobre os rumos da pesca e da maricultura no Espírito Santo serão mediados por profissionais do Incaper.
Pesca
O engenheiro de pesca do Incaper, Antônio Carlos Cavalcanti de Souza, vai abordar a situação atual da pesca no Espírito Santo. “Vamos fazer uma reflexão da história da pesca para entendermos o que de fato está acontecendo atualmente. Traçar a trajetória histórica institucional da pesca e da política de pesca a nível de Brasil e de Estado”, disse Antônio Carlos Cavalcanti de Souza.
Ele observa a enorme diferença entre o Norte e o Sul do Estado no que se refere à atividade pesqueira. “No Sul do Estado, há desenvolvimento tecnológico significativo em todos os aspectos. A frota pesqueira se modernizou, a atividade é promissora, as pessoas querem investir no setor, querem ser mestres de embarcação. A Região Norte é bastante piscosa, pessoas saem do Sul para pescar lá. Mas o Norte não conseguiu transformar a frota para capturar espécies de maior valor econômico. A maioria dos barcos tem pouca autonomia, vai e volta no mesmo dia. No Norte, filho de pescador não quer ser pescador”, disse.
O objetivo da palestra ministrada pelo engenheiro de pesca do Incaper é despertar a consciência dos pescadores para que eles possam aproveitar o potencial que existe na Região. Questões como logística e infraestrutura, como a construção de atracadouros e o problema do assoreamento nas barras de acesso aos canais de atracação estão entre os temas a serem discutidos.
Fazendas marinhas
A pesquisadora do Incaper, Márcia Vanacor, defende a implantação de fazendas marinhas no litoral do Espírito Santo. A proposta é desenvolver a piscicultura marinha de menor porte, em águas abrigadas. “Temos que desenvolver a piscicultura marinha em pequeno volume. O modelo em alto mar é extremamente oneroso, tem que ter barco, equipe, tanques que chegam a custar milhares de dólares. Isso não é para o nosso público”, disse a pesquisadora do Incaper.
Márcia Vanacor lembra de algumas espécies consideradas potenciais para criação em cativeiro, como o vermelho, a cioba, a caranha e a seriola, também conhecida como olhete. “Estas espécies apresentam uma resposta interessante ao cultivo. Aceitam alimentação à base de ração e têm crescimento razoável. O produtor não fica três, quatro anos investindo e esperando resultado. A carapeba também é uma espécie interessante, principalmente porque é onívora, come de tudo”, avalia.
“Minha ideia é fazer fazendas marinhas com várias espécies. Até porque quando há diversificação, há menos riscos de acidentes ambientais. Penso no cultivo de ostra juntamente com várias espécies de peixes e algas, para diversificar o ecossistema”, complementou a pesquisadora do Incaper.
Estande
Um estande montado no evento representa o setor de aquicultura e pesca do Espírito Santo. Governos, associações, sindicatos e empresas de venda de alevinos, de ração e equipamentos para a aquicultura, além de frigoríficos de pescado, vão apresentar, suas experiências, produtos e serviços. Os visitantes terão a oportunidade de conhecer espécies de peixes com potencial para piscicultura, como a tilápia, cujas fases de desenvolvimento da tilápia serão apresentadas numa linha de aquários. A pesca artesanal também será representada, com a exposição de peixes capturados no mar. Produtos à base de pescado serão comercializados e disponibilizados para degustação.
Informações à imprensa:
Assessoria de Comunicação – Incaper
Juliana Esteves/Luciana Silvestre/ Milan Salviato
Texto: Juliana Esteves
comunicacao@incaper.es.gov.br
Tel.: 3636-9865/3636-9868/8849-6999
Twitter: @incaper
Facebook: Incaper
Nenhum comentário:
Postar um comentário