O café e todo o seu entorno é no nosso Estado uma atividade fundamental,
sem ele não sei o que seria do Espírito Santo. Foi em busca de novas terras
férteis para o café que muitas famílias deixaram Minas Gerais e o Rio de
Janeiro e vieram para cá, isto nos anos de 1800, com mão de obra escrava
marcaram uma época.
Foi para tocar as lavouras que lá pelos anos de 1840 começaram a vir os
imigrantes pomeranos, alemães, italianos, suíços, poloneses, libaneses, holandeses
e muitos outros. Foi o café que tornou viável o nosso Estado.
Foi o café que levou muitos capixabas para o Estado do Paraná e lá
ajudaram a implantar uma cafeicultura que rendia milhões de sacas todos os
anos, mas que teve a sua trajetória obstaculada pela geada de 1975.
Foi o café que deste pequeno Estado fez surgir empresas que estão
presentes nas maiores praças do comércio, com Rio de Janeiro e São Paulo- todos
com grande destaque.
Foi o café que fez com que milhares
de capixabas migrassem das terras do Sul e do Centro, para as áreas além do Rio
Doce, ocupando todo território- onde as matas foram derrubadas para o plantio
do café arábica, que cumpriu o ciclo natura da terra de derrubada que gerou
grande produção, mas que teve logo adiante a sua decadência natural.
Foi neste tempo citado acima que o nosso Estado amargou uma grande
erradicação e perdeu milhares de pessoas que migraram para Rondônia e para as pequenas cidades e vilas do Espírito
Santo. Mas milhares vieram para os centros maiores onde muitos ficaram
marginalizados.
Foi o café na sua quase total agonia e sofrimento de milhares de
capixabas que serviu de justificativa para a criação e funcionamento do Fundo
de Desenvolvimento das Atividades Portuárias, o FUNDAP.
Foi o café conilon que aqui chegou pelas mãos do Governador Jeronymo de
Souza Monteiro, no ano de 1911, hibernou até a década de 60 e hoje é o grande
destaque de nossa economia. Tudo gerado por competência da nossa pesquisa, que
herdou do extinto Instituto Brasileiro do Café- IBC os primeiros passos,
também no arábica.
É o café dos anos atuais implantados de forma racional e sustentável,
que nos colocou definitivamente como o segundo maior produtor do Brasil.
Atividade com base técnica e desenvolvido por produtores e produtoras
competentes
Senhor Governador Renato Casagrande, nós temos de fazer o registro de nossa História, por isto sugiro que implante aqui no Espírito Santo o MUSEU DO CAFÉ CAPIXABA, numa demonstração de apreço às pessoas que nele trabalham, desde a lavoura, passando pelo comércio, torrefadores e exportadores.
Senhor Governador Renato Casagrande, nós temos de fazer o registro de nossa História, por isto sugiro que implante aqui no Espírito Santo o MUSEU DO CAFÉ CAPIXABA, numa demonstração de apreço às pessoas que nele trabalham, desde a lavoura, passando pelo comércio, torrefadores e exportadores.
Fica a sugestão e o pedido, Senhor Governador. Nós temos de contar a
nossa História.
Ronald Mansur 10 de junho de 2013.
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