domingo, 30 de novembro de 2014

A MINHA BANDEIRA.


O tomate e a salsa foram produzidos por produtores orgânicos descendentes de pomeranos de Santa Maria do Jetibá.
O queijo é Reserva do Imigrante produção da família Lievore, de Baunilha, Colatina, descendentes de italianos.
A arte foi criada e montada por um descendente de imigrante libanês.
É UMA LEMBRANÇA DE NOSSA BANDEIRA.
LÍBANO: MINHA ALMA VEIO DE LÁ.

Presidente do Sicoob ES recebe homenagem por sua contribuição para o desenvolvimento do Estado

25/11/2014
O presidente do Sicoob ES, Bento Venturim, foi o homenageado do Prêmio Elo de Liderança 2014, oferecido anualmente pelo Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor do Espírito Santo (Sincades) para reconhecer personalidades que contribuíram para unir o Estado, os cidadãos, as instituições e suas forças políticas e empresariais. A entrega do troféu aconteceu na noite da última sexta-feira (21), no Centro de Convenções de Vitória, durante o jantar de confraternização do Sindicato.


Em seu agradecimento, Venturim compartilhou o prêmio com os cerca de 160 mil associados ao Sicoob ES. Ele ressaltou o crescimento da instituição financeira cooperativa, que gira em torno de 30% ao ano. O Sicoob ocupa a primeira posição entre as instituições financeiras privadas no Espírito Santo. A condição de líder é fundamentada em dados do Banco Central (BC) e considera a soma das operações de crédito, empréstimos, títulos descontados e financiamentos.

No segmento de operações de crédito, por exemplo, a cooperativa responde por 48,2% do total movimentado no Estado, segundo dados do BC (base abril/2014). Em seis municípios, tem mais de 50% do mercado de crédito, e chega a 77% em Governador Lindenberg.

No primeiro semestre de 2014, a instituição cooperativa financeira alcançou a marca de R$ 3 bilhões em ativos, o que representa um crescimento de 34% em relação aos seis primeiros meses de 2013.

Desenvolvimento local
Bento Venturim é advogado e está à frente do Sicoob há 24 anos. Sua atuação como dirigente no cooperativismo vem desde a década de 80. O presidente afirmou que a cooperativa contribui para o desenvolvimento das comunidades onde está inserido e que o retorno dos investimentos é aplicado localmente, contribuindo para o crescimento sustentável e descentralizado do Espírito Santo.

“O desempenho e a expansão do Sicoob só são possíveis pela união das pessoas de bem e pelas parcerias com instituições, o que deve se fortalecer mais com reconhecimentos, como o do Sincades. Conseguimos o respeito e a credibilidade das autoridades e da sociedade”, declarou.



Descrição: Nova assinatura


NEWTON BRAGA, CACHOEIRENSE AUSENTE...

22-01-2012
 NEWTON BRAGA, CACHOEIRENSE AUSENTE, para comemorar o centenário de seu nascimento. Este é o título do livro que resgata em parte a vida do grande cachoeirense, que escreveu:
...está sensibilidade que é uma antena delicadíssima, captando pedaços de todas as dores do mundo, e que me fará morrer de dores que não minhas.
Estes versos estão na minha e na memória, mas eles por alguns anos estiveram em bronze ao lado do busto de Newton na Praça Jeronimo Monteiro, uma homenagem ao filho ilustre. Um dia um administrador municipal o reduziu apenas ao busto e seu nome, eliminando as palavras em bronze, mas não a sensibilidade dos cachoeirenses de verdade
 O ponta pé inicial para a publicação do livro foi dado por Rachel, filha de Newton, que incumbiu a jornalista Helena Carone, em 1982, colher depoimentos sobre Newton Braga. Em 1994, Marília, filha de Newton, “enxugou” os textos captados por Helena. Edson, filho de Newton, deu o toque final neste documento histórico. Uma obra de família, cachoeirense. O livro editado pela Prefeitura de Cachoeiro está dividido em duas partes.
Na primeira parte os amigos falam até a página 108. São 20 depoimentos onde podemos sentir a força, a marca e o trabalho de Newton. Abrindo os depoimentos o médico João Madureira, amigo de infância desta: no convívio humano todos nós temos as nossas contestações; há uma hora em que a gente se revolta, grita, reclama e chora. Mas Newton nunca se queixava de nada. Newton pertencia à paisagem humana cachoeirense, igualzinho ao Itabira – se você tirar o Itabira, Cachoeiro não existe.
Sua irmã Anna Graça Braga de Abreu fala do homem que amava a leitura: gostava tanto de ler que tinha uma conta corrente na livraria Semprini; duas ou três vezes por semana ia lá pegar os livros que encomendava e pagava no fim do mês.  O interessante é que ele devia ter deixado uma grande biblioteca, mas não deixou, porque emprestava os seus livros.   
 Deusdedit Baptista lembrou: uma das coisas mais importantes que ele criou, “o Dia de Cachoeiro, a Festa de Cachoeiro. Hoje, o país inteiro comemora o dia de sua cidade, e isso foi idéia de Newton Braga. Um dia em que todos os filhos de Cachoeiro (ele chamava assim quem tinha nascido aqui ou que gostava da cidade) que estivessem fora voltassem para visitar a sua terra,uma confraternização dos filhos e amigos da cidade.
Edmar Baião, que foi seu funcionário no Cartório fala que Newton “era um homem muito discreto, muito correto, não falava da vida de ninguém, era incapaz de intriga, de qualquer coisa- eu vi isso durante os mais de vinte anos em que nós convivemos.”
Para Gil Gonçalves, outro apaixonado por Cachoeiro e dono de um grande acervo fotográfico do Município e íntimo de Newton, faz um desafio: dou um doce para você se descobrir alguém que tenha uma queixa dele. Gil Gonçalves
O cunhado Levy Rocha lembra que “ele era um crítico severo, mas muito sincero e tolerante; amigo, mas muito imparcial. Não misturava amizade com a redação do jornal: se o trabalho não tivesse valor, ele simplesmente condenava.”
A palavra de Newton Meirelles não poderia ficar fora, “ele não era de discutir muito, quando discordava, geralmente se afastava, mas nós dois conversávamos e discutíamos muito. Quando eu citava os exemplos da Europa, ele dizia: Meirelles, a Europa não me interessa, meu país é Cachoeiro de Itapemirim: quero resolver os problemas de Cachoeiro e não do Mundo.
- A real dimensão da figura humana de Newton só será mesmo revelada quando escreverem um livro, porque ele merece realmente ter sua história contada. Ormando Moraes
- Newton você põe todo mundo para trabalhar, faz esta festa toda e fica escondido aí? Daí ele dizia: e você acha pouco, botar esse povo todo para trabalhar? Wilson Rezende
Na segunda parte textos de Newton, fotografias do cotidiano familiar e de gente do seu entorno, oportunidade para acessar o seu mundo, uma viagem no tempo e na História. Para entender Cachoeiro é preciso saber dos Coelho Braga. O livro Newton Braga, cachoeirense ausente é uma das chaves da alma de Cachoeiro de Itapemirim. A viagem vai da página 109 até a 226 de grandes maravilhas.
Newton mereceu a publicação. Cachoeiro jamais conseguirá saldar a sua dívida histórica com ele, que colocou a cidade na vitrine do Brasil. Ele merece mais, muito mais, mas o que consigo dizer como admirador de Newton Braga, muito obrigado a todos. Apenas duas sugestões, façam mais uma edição com uma grande tiragem e voltem o busto de Newton Braga e “...esta sensibilidade que é uma antena delicadíssima captando pedaços de todas as dores do mundo, e que me fará morrer de dores que não são minhas.”, para o lugar original na Praça Jeronimo Monteiro.
ronaldmansur@gmail.com

FOLHA POMERANA 65 - POR IVAN SEIBEL

sábado, 29 de novembro de 2014

MUDAR O RUMO E DESARMAR O ESPÍRITO.



Hoje na feira Orgânica da Praia da Costa o produtor Igor me mostrou um caderno REGISTRO DE RECLAMAÇÕES DOS CLIENTES que recebeu da certificadora Chão Vivo. Imagino que a certificadora deva estar querendo fazer uma aproximação entre o cliente e o produtor, daí o caderno.
Falei com o Igor que achava muito estranho o cliente somente fazer reclamação. Como estamos a cada dia mais ásperos, resolvi fazer um contraponto e dei a minha opinião:
Registrar é importante.
Mas registrar reclamação é pouco.
Temos de registrar o elogio e a ação positiva.
Sugiro apenas:
REGISTRO DA CLIENTELA

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

MINHA GERAÇÃO

09--11-2010
A eleição de Dilma Rousseff para dirigir o Brasil nos próximos quatro anos e com possibilidade de reeleição é um marco importante na História real do Brasil. Disto não tenho a menor dúvida. A consagração nas urnas por dois turnos torna a eleição mais concreta e com maior base para poder agir com maior desenvoltura.
Certamente que os entendidos em eleições buscam a razão ou as razões da vitória e da derrota.  O certo é que a História de uma maneira geral é contada pelo vencedor, o derrotado é o derrotado. Embora ache que não é justo tal procedimento, mas é a realidade É inegável que o Presidente Lula soube administrar e transferir prestígio junto à população para a futura Presidenta, em função do desempenho de sua administração. 
A eleição de Dilma para a presidência é uma mudança importante no procedimento de nossa sociedade, que é machista e discriminadora para com a mulher. A presença feminina liderando na política e no trabalho é pequena. Mas a presença da mulher na administração das casas e na condução das salas de aulas é majoritária.  Um velho costume entre nós é sempre dizer a uma criança não bem comportada: a sua mãe não lhe deu educação? Mas podendo ser mais grosseiro: seu filho ou filha da “p...”.
A carga de informações desfavoráveis que a presidenta eleita teve na internet foi imensa. Os computadores foram entulhados de histórias mirabolantes que certamente foram gestadas por uma minoria com um poder de disseminação muito grande. Eu me dei o direito de deletar todas mensagens que tratavam de denegrir a imagem de  qualquer candidato.
A eleição de Dilma Rousseff  nos leva até a geração inconformada das décadas de 60 e 70 que resolveu encarar o sistema político de uma forma diferente. A geração bateu de frente com o sistema. Muitos foram para a luta armada. Olhando hoje e mirando 40 anos no passado é fácil dizer que estavam cometendo um suicídio. Mas agora é fácil fazer esta análise e condená-los. Mas é a esta gente que em grande parte devemos o Brasil de hoje, mesmo não concordando com a ação e o caminho sem volta que tomaram, que jogou muitos na clandestinidade, nas prisões e nos cemitérios.
Existe um episódio interessante desta fase, final da década de 70, ocorrido em Itapemirim e em Cachoeiro. O senador Dirceu Cardoso em comício em Itapemirim falou contra os comunistas. Logo em seguida participaria de um comício em Cachoeiro. O deputado estadual Roberto Valadão o advertiu para não repetir o discurso em Cachoeiro. Um irmão de Valadão, Arildo e sua esposa Aurea, militavam no Partido Comunista do Brasil, PCdoB, estavam na Guerrilha do Araguaia, onde foram mortos.
Em Cachoeiro Dirceu disse que queria homenagear aqueles estudantes que deixaram o livro aberto e se embrenharam nas matas do Brasil para defender os seus ideais de liberdade. É esta a geração de 60 e 70 que agora chega ao Poder. Chega de forma diferente, vivemos num País diferente, bem diferente dos tempos da ditadura. Gente que sofreu e gente que bateu forte, ainda podem contar onde estavam no tempo negro dos anos de chumbo.
Confesso que estou contente com a eleição de Dilma Rousseff, gente da minha geração. Mas respeito José Serra que é ­­­uma geração antes da minha, que sofreu no exílio e perdeu companheiros vítimas da repressão policial militar. A sociedade não pode ser amedrontada, porque o que temos de fazer é tirar milhões da miséria. Isto se faz com ações concretas e muito trabalho. A minha geração é a minha alegria...

NOSSAS RAÍZES ITALIANAS

11-12-2010
Imagine você confortavelmente instalado numa imensa sala bem arejada e com ótima luminosidade tomando conhecimento de histórias e fatos sobre a imigração italiana no Espírito Santo. Foi assim que me senti outro dia logo após receber o livro Nomes e Raízes Italianas de Luiz Busatto.
Um trabalho primoroso e detalhado que foge aos padrões dos livros tradicionais, na forma e na maneira como Busatto mostra situações que passam batidas normalmente. São 114 páginas de puro e valioso conteúdo. São mais de cem documentos e fotografias que ilustram o texto sempre tranqüilo e que nos leva a seguir sempre em frente. É começar a ler e mergulhar nas histórias e fatos, mas é um não querer parar, tamanha a doçura. Luiz Busatto mostra a importância da História na vida de cada um.
A primeira fotografia é imensa, cobre duas páginas do livro, ela não tem data, mas tem o registro de dezenas e dezenas de pessoas num dia de festa em Barra do Triunfo, Ibiraçu. Na foto vemos uma predominância da cor clara, uma banda de música e o relato de Busatto “a capela ainda não tinha torres e os sinos aparecem à parte. No pasto, resto de um tronco carbonizado”.
Daí para frente é uma imensa viagem no tempo. Na apresentação Busatto nos lembra que “o imigrante ítalo-veneto que veio para o Espírto Santo na década 70 do século dezenove passado se encaixava no perfil de trabalhador de que o Brasil Império precisava. Havia uma recomendação de que não se trouxessem ou aceitassem, no Brasil, trabalhadores artesãos ou possíveis desocupados das cidades. O Brasil de então precisava de pequenos proprietários agrícolas que não só substituíssem os escravos em via de serem emancipados mas que também ocupassem as vastas regiões desertas e desabitadas do seu território.”
 Luiz Busatto fala sobre passaporte, certidão de casamento, o dote, a correspondência e títulos de terras tudo com fotos de documentos que já passam de bem mais de 100 anos, que ajudam a reconstruir e recontar a luta dos imigrantes. Até a página 39 o autor nos levou a um agradável passeio mais geral na imigração. Da página 40 em diante entramos numa fase, que imagino mais intimista, porque vai falar de seu entorno familiar. Aqui prossegue um grande número de fotografias de alta qualidade que mostram famílias inteiras que vieram em busca de um futuro.
Um capítulo sobre o imigrante Luigi Varnier, que retrona a Itália no ano de 1908, consome 21 páginas com relatos emocionantes. Registra o reencontro desta família com grande numero de fotografias e correspondência. Aqui a gente pode imaginar a dura vida do imigrante. Mas Luiz Busatto vai mais longe e nos entrega informações e histórias de Luigi, Modesto, Antonio (todos Zuccolotto e Giuseppe Pellizzon. Aqui também o registro fotográfico é de primeira qualidade e de imenso valor histórico, não somente para as famílias, mas para nos ajudar a fazer um retrato do povo capixaba.
Sempre digo que quem não conhece a sua História, é como se tivesse deixado o seu futuro no passado. Luiz Busatto mostra a realidade da imigração e a sua relação com o nosso tempo de hoje, de forma simples e envolvente. Que venham outros livros do calibre e precisão de Nossas Raízes Italianas, para preencher o vazio da nossa memória. Luiz Busatto, obrigado.

MARCIO ABOUDIB CAMARGO

28-05-2012
No ano de 2005 fui fazer uma matéria em Guarapari, sobre a produção de mudas de seringueira de uma cooperativa de produtores. No final perguntei ao técnico que nos acompanhava quem era o proprietário da fazenda.
Como resposta:
Márcio Aboudib Camargo.
Pensei baixinho, mais uma pista para a minha pesquisa sobre Pedro José Aboudib, o libanês que em 1889 com 16 anos deixou a sua aldeia no Norte do Líbano, Zgharta, para vir tentar a vida no Brasil, mais precisamente no Espírito Santo. Peguei o telefone do Márcio e pensei, quando chegar a Vila Velha, vou ligar. Foi o que fiz. Me apresentei e falei que possuía um depoimento que Pedro José Aboudib havia feito em 1945, para Indá Soares Casanva e publicado na revista do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, de 1997, número 48.
Como o depoimento é um texto maravilhoso e cativante, foi fácil passar para Márcio a minha emoção. O depoimento que começa no Líbano e é um roteiro de cinema. Um convite a imaginar a vida do imigrante. Nele eu viajei até as montanhas de Zgharta e imaginei meu avô, que também veio de Zgharta. Depois de falar sobre o texto perguntei a Márcio qual era o seu parentesco com o Pedro José Aboudib.
Como resposta:
Sobrinho neto.
Márcio ficou interessado e me solicitou uma cópia, no que concordei de pronto. Combinamos o local e o dia da entrega e lá foi o documento. Fiz uma dedicatória falando do orgulho que ele deveria ter por ter um tio avô do valor de Pedro, que era da mesma cidade do meu avô, Francisco Marolino Mansur, que chegou ao Brasil em 1883.
Dois dias depois Márcio retorna a ligação dizendo que estava agradecido e que ele passaria o depoimento para sua mãe, que estava naqueles dias completando 95 anos, “vai ser o maior presente que ela vai ganhar. Inclusive gostaria de te convidar para a festa.” Infelizmente não pude atender ao convive, no que lamento profundamente.
Os anos passaram e esporadicamente conversávamos ao telefone. Agora no início do mês de maio Marcio me telefona solicitando uma segunda cópia. No dia 24, eu e meu filho Augusto fomos até a sua casa e por duas horas conversamos sobre as nossas histórias familiares e sobre o nosso orgulho de ter o sangue libanês correndo nas veias. Foram momentos inesquecíveis, principalmente quando Marcio disse: “estamos nos vendo pela primeira vez, mas parece que nós nos conhecemos há anos”. Pura e cristalina verdade. Mas isto tem uma explicação, temos uma parte de nós que veio do Norte do Líbano, das montanhas da eterna Zgharta, de lá vieram nossos avós.
No encontro fiz questão de ir com uma camisa onde está registrada a frase que criei: LÍBANO, MINHA ALMA VEIO DE LÁ. Está camisa me foi presenteada no final do ano 2011, pela brima publicitária Monica Debbane e eu estava procurando um momento ideal para vesti-la pela primeira vez. O dia 24 de maio foi o escolhido. Eu entrei com a frase e a Monica com a arte e com a camisa.
Assim que cheguei em casa o celular me avisou, às 21:52, que havia uma mensagem, com o texto que segue.
Meu prezado amigo.
A sua presença, acompanhado do seu filho na minha casa encheu-me de alegria e reforçou a convicção que sempre tive: que privilégio temos em comum, ao constatar que nossas almas nasceram no Líbano. Obrigado por tudo, abraços. Márcio.
Em tempo: eu carrego várias cópias do depoimento de Pedro José Aboudib na minha bolsa e sempre vou fazendo outras cópias. Me sinto feliz sendo o mascate de Pedro José Aboudib.
Marcio, um abraço libanês, cheio de acolhimento.
LÍBANO. MINHA ALMA VEIO DE LÁ. Aliás, as nossas.

Programa de Aquisição de Alimentos será ampliado em 2015 em Cariacica

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O Programa de Aquisição de Alimentos, convênio entre o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e a prefeitura de Cariacica, terá os recursos ampliados em 2015. Segundo o Secretário Municipal de Agricultura de Cariacica, Antônio Carlos Cesquim Diniz, a previsão para fevereiro de 2015 é de que o valor comercializado por cada produtor familiar chegue a R$ 6,5 mil.
O PAA é um programa do MDS que compra alimentos diretamente de agricultores familiares e faz a doação para as entidades socioassistenciais que atendem pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional ou de vulnerabilidade social.
Atualmente, em Cariacica, o programa possui 250 produtores cadastrados e atende em torno de 12 mil pessoas carentes. Os agricultores comercializam o excendente de produção não vendido para o programa e recebem em torno de R$ 5,5 mil individualmente.
No dia 14 de novembro  foi encerrado o PAA referente ao ano de 2014 para o município de Cariacica. Foram realizadas 28 entregas por 164 produtores, de 80 produtos alimentícios diferentes. Participaram da ação 33 entidades, que contribuíram com mais de 294 mil quilos e foram doados mais de 2.450 quilos pelos agricultores. O valor arrecadado em alimentos foi de R$ 676.558,91.

Em Vitória Rede Bem Estar é finalista em prêmio do Banco Interamericano de Desenvolvimento

Publicada em 28/11/2014, às 13h53

Yuri Barichivich
Sistema de assinatura digital
Rede Bem Estar reúne no prontuário do paciente dados médicos utilizando a assinatura digital
Implantado em toda a rede da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), o software de gestão Rede Bem Estar foi selecionado entre os finalistas do Prêmio Governarte do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) com o trabalho "Implantação do Prontuário Eletrônico na rede de saúde".
Os cidadãos podem votar no trabalho no sitewww.iadb.org até o dia 8 de dezembro. O prêmio é um incentivo aos projetos idealizados na América Latina e no Caribe que priorizam ações de crescimento ambiental sustentável, equidade social, redução da pobreza, modernização do Estado e integração regional.
A Rede Bem Estar interliga todos os equipamentos da rede municipal de saúde (unidades de saúde, prontos-atendimentos, farmácias, laboratórios, consultórios odontológicos, centros de referência e de especialidades) em um único sistema. Seu principal objetivo é reunir no prontuário eletrônico do paciente dados produzidos em formatos diversos (atestados, receitas médicas, radiografia, ultrassonografia, entre outros) utilizando a assinatura digital.
A partir de 2013, a Rede Bem Estar passou a oferecer uma variedade de serviços, como avaliação do atendimento por meio de mensagens SMS (torpedo), gestão do agendamento de retorno de especialidade e atestados médicos que permitem validação através do uso de QR Code. Além disso, destaca-se a integração com os prestadores de serviços, a exemplo dos laboratórios, que passaram a enviar os resultados dos exames em formato digital diretamente para o prontuário do paciente utilizando assinatura digital, tornando esse processo muito mais eficiente e ágil.
O subsecretário de Tecnologia da Informação da Prefeitura de Vitória, Marcio Passos, explicou: "Quando o paciente é notificado com suspeita de dengue, por exemplo, a notificação é enviada de forma eletrônica para o setor de Vigilância Epidemiológica do município, permitindo que seja avaliado o caso imediatamente e, até mesmo, detectada uma suposta epidemia no bairro onde o paciente reside".

Teleconsultoria

A funcionalidade mais recente é a integração com o Telessaúde Espírito Santo, que permite a um servidor de saúde de Vitória realizar uma teleconsultoria diretamente através da Rede Bem Estar, através da qual um ou mais profissionais compartilham da responsabilidade para com o cuidado de um paciente ou a solução de uma dúvida clínica genérica, sem que seja necessário acessar outro ambiente.

Prontuários

André Luiz Silva Sobral
Atendimento médico
Rede Bem Estar dá informações em tempo real em consulta médica
Atualmente, a Rede conta com mais de 450 mil prontuários e 17.145.000 registros de procedimentos. Vitória é a única cidade do Espírito Santo e uma das poucas no país a ter a saúde totalmente informatizada, garantindo informações mais seguras e em tempo real.

Sustentabilidade

Em termos de sustentabilidade, a implantação da Rede permitiu a eliminação dos prontuários de papel, reduzindo custos de impressão, do próprio papel e de armazenagem, através do uso da assinatura digital.
"É difícil mensurar quem foi o maior beneficiado, se o município ou o próprio paciente", comparou Marcio Passos, que completou: "O município passou a ter um retrato da população usuária dos serviços de saúde e o paciente teve uma melhora significativa na qualidade do atendimento, envolvendo não só a sala do médico, que tem acesso a todo o seu histórico, mas como todo o ciclo de atendimento, incluindo desde a marcação de consulta até a finalização dos procedimentos prescritos pelo médico", esclareceu o subsecretário de Tecnologia da Informação.


Informações à imprensa:

Secom - Prefeitura de Vitória | Tel(s).: 3382-6128 / 3382-6129
Com edição de Secom - Prefeitura de Vitória

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

São Pedro ganha primeiro Centro de Atenção Psicossocial 24 horas do Estado


Publicada em 27/11/2014, às 15h49

Yuri Barichivich
Inauguração do CAPES II Em São Pedro
Prefeito Luciano Rezende e secretária Daysi Koehler Behning inauguraram o Centro de Atenção Psicossocial de São Pedro
Inauguração do CAPES II Em São Pedro
Prefeito visitou as dependências do Caps e cumprimentou servidores
Vitória ganhou o primeiro Centro de Atenção Psicossocial (Caps III) 24 horas do Estado. A implantação desse novo serviço configura-se na melhoria da qualidade do cuidado e da atenção a pessoas com transtorno mental grave - com idade acima de 18 anos - e seus familiares.
O Caps III, que foi inaugurado na manhã desta quinta-feira (27), está localizado atrás do Pronto-Atendimento (PA) de São Pedro, na rodovia Serafim Derenzi, e possui, aproximadamente, 1,5 mil metros quadrados de área construída, contendo consultórios, salas de oficina, quartos de acolhimento noturno, quadra de esportes e área de convivência.
Para a secretária municipal de Saúde, Daysi Koehler Behning, a entrega do espaço se traduz em um local digno para os servidores e um modelo de inserção do paciente na comunidade. "Teremos um novo olhar para o cidadão. Este espaço liberta e constrói a cidadania. É o símbolo da nossa gestão compartilhada, onde todos estão no mesmo nível de diálogo".
O prefeito de Vitória, Luciano Rezende, ressaltou a importância do trabalho dos profissionais de saúde na atenção à saúde mental: "Chamou-me a atenção a luta de todos aqui pela solidariedade e pelo respeito ao cidadão. Historicamente, temos registrado essa luta nos clássicos da literatura brasileira. É uma luta que tem uma longa trajetória. Mas, aqui, nós trabalhamos com o conceito de diversidade, o que é diferente nos completa".
O prefeito adiantou que, em 2015, será inaugurado, próximo ao Caps III, a Escola da Vida, um inovador projeto da administração municipal voltado para o desenvolvimento das habilidades interpessoais e das potencialidades dos cidadãos atendidos pela rede de assistência social de Vitória. "Essa entrega é mais um componente do Programa Onde Anda Você, que retirou das ruas aproximadamente 642 pessoas, de janeiro de 2013 até hoje".
Lideranças comunitárias, conselheiros, moradores e a representante do Ministério da Saúde Adélia Capristano participaram da inauguração do espaço.

Atendimento no Caps

O Caps III fará atendimento de segunda a sexta-feira, das 7 às 19 horas, e oferecerá acolhimento em hospitalidade noturna, em sistema de 24 horas, para as situações em que houver indicação da equipe psicossocial. O paciente terá atendimento planejado de acordo com a necessidade individual e contará com acompanhamento de equipe multiprofissional de saúde.
A partir de agora, o município conta com dois serviços de atendimento ao indivíduo com transtorno mental grave. O Caps III atenderá, prioritariamente, as regiões de saúde de São Pedro, Santo Antônio e Maruípe, e o Caps II, que está situado em Bento Ferreira, atenderá as regiões de saúde Continental, Forte São João e Centro.


Informações à imprensa:

Angela Angius (aangius@vitoria.es.gov.br) | Tel(s).: 3132-5063 / 98825-1102
Com edição de Matheus Thebaldi

JUAREZ DO CAPARAÓ e a internet

\12-10-2011
A primeira vez que fui a casa do produtor rural Juarez Ferreira, no  mês junho de 2011, acompanhado pelo agronomo do Incaper Onofre Rodrigues. O objetivo fazer uma reportagem para mostrando a ação de cafeicultores da região do Caparaó que estavam mudando a maneira e a forma de colher e preparar o café arábica. Fui verificar a revolução silenciosa que passa ao largo do olhar menos atento.
Sabedor de que no meio rural uma conversa tranqüila é sempre bem vinda para quem recebe, mas não tenho a menor dúvida que a conversa é sempre muito mais proveitosa para quem está chegando. Uma gente simples e rica em cultura da vida. Aliás, disto falo de cadeira e de algumas dezenas de anos andando pelo nosso rico e às vezes esquecido meio rural. Perguntei a Juarez se ele havia nascido em Iúna e ele me informou que nascera no Paraná. Como um paranaense vem bater no Caparaó? Meu pai foi para a região de Londrina na década de 60 para as frentes dos plantios de café, lá eu nasci. Tenho minhas raízes no Espirito Santo, sou daqui.
Juarez falou sobre a sua propriedade familiar com 19 hectares tem eucalipto, café, plantio de morango, duas vacas em lactação e uma unidade do projeto PAIS (Produção Agroecológica Integrada e Sustentável) para criação de aves de postura em consórcio com produção de hortaliças. Naquele dia um técnico da Federação Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura do Espírito Santo (Fetaes) registrava o projeto PAIS. Alex, filho de Juarez, pediu emprestada a memória da máquina fotográfica. Movido pela curiosidade de jornalista perguntei: o que você vai fazer com a memória da máquina fotográfica? Vou baixar as fotografias no meu computador. Já tem internet? Não, a antena está baixa.
Quatro meses se estava e de volta ao Caparaó. O guia Onofre levava um folder que indicava que daí a cinco dias haveria um dia de campo sobre a cultura do morango na propriedade. Juarez ao receber o folheto disse: já vi na internet. São outros tempos. Quem apenas vê e não encherga dificilmente perceberá que vivemos novos tempos.
Logo em seguida fomos fazer a reportagem que tinha como foco a qualidade do café com o uso de terreiro e estufa. É importante dar visibilidade as ações da turma do meio rural. Lá a vida dura e sofrida está forjando uma geração de homens e mulheres, onde a competência e a visão de futuro andam juntas e se fundem. Este Espírito Santo real e trabalhador aparece pouco na mídia. Missão cumprida e muitas outras para cumprir, como dever e obrigação. A omissão é pecado capital.

VOLTANDO PARA CASA

12-04-2012
Venho observando nestes últimos meses que o retorno de brasileiros que foram morar no exterior tem crescido. Não posso traduzir em números, mas a percepção indica esta realidade. A crise na economia dos Estados Unidos de 2008, seguida pela crise na economia européia, está devolvendo ao Brasil milhares de seus filhos expatriados.
O êxodo de brasileiro sempre foi embalado pelas diversas crises de nossa economia. A cada evento de problemas econômicos, mais adiante o fluxo aumentava. Tradicionalmente os Estados Unidos, como motor da economia mundial, atraia um maior fluxo. A unidade dos países europeus, rendeu a comunidade do Euro poder maior e tornou-se polo de atração. Para as regiões da Ásia, leia-se Japão, também foram os descendentes em busca de proteção na casa dos ancestrais.
O fluxo para o exterior, normalmente é feito de forma clandestina, já que os países centrais, aqueles que controlavam a economia mundial, somente aceita a liberdade de ir e vir apenas do dinheiro. Gente tem outro tratamento. A realidade mostra que mesmo com milhões de clandestinos, as nações receptoras faziam que não estavam vendo. A mão-de-obra barata justificava a “vista grossa”.
Todo brasileiro tem um parente no exterior ou um amigo. Basta a gente perguntar aos nossos amigos. Falo de cadeira, por ter parentes e amigos fora do Brasil, foram em busca de um futuro que não viam aqui, em busca de nova perspectiva. Os relatos de discriminação são inúmeros. Mas valia a pena para o expatriado ariscar numa terra estranha, com costumes diferentes e língua diferente.
Quando o sistema socialista europeu ruiu, o mundo passou por uma transformação, aliada ao crescimento do poder industrial chinês e asiático. Mas fica uma pergunta, quem foi fabricar e comprar produtos na China? Quem foi em busca de mão-de-obra barata e ampliar os seus lucros? A realidade do mundo bipolar, Ocidente dos Estados Unidos e seus aliados de um lado versus União Soviética e seus aliados, do outro, acabou com o fim deste segundo grupo.
Quem está de volta e conseguiu acumular algum patrimônio, seja material ou de conhecimento, recomeça em posição privilegiada. E os que foram e nada trazem? Uma conta para toda sociedade. Estamos diante de um enigma. O que vai acontecer, o fluxo de gente voltando está aumentando. No segundo semestre será maior, em agosto, porque é o final do ano escolar. Que sejam bem vindos os nossos irmãos e irmãs.

TRÊS MULHERES EXEMPLARES - Cacilda, Iria e Cila


O Agroturismo completa em 2012 o seu vigésimo aniversário. Uma jornada onde as produtoras e os produtores rurais do Estado deram demonstração de capacidade empreendedora e visão de negócio para prosseguirem vivendo em suas comunidades no meio rural. Acompanho o Agroturismo capixaba bem antes de seu nascimento, na sua gestação.  Neste tempo entendi a importância do trabalho das mulheres. Quero aqui fazer um registro de três produtoras de destaque.
Cacilda Caliman Lourenção foi a grande responsável pela reintrodução do socol na vida de muitas famílias de Venda Nova do Imigrante, quando olhamos pelo lado da História da imigração italiana para as terras capixabas. O socol que é um embutido de carne de porco, era a maneira que os imigrantes faziam o seu aproveitamento total.  Ela é a responsável pelo socol sair do âmbito quase restrito da comunidade vendanovense e passar a ser fonte de renda para muitas famílias, inclusive a sua.
Já se vão 20 anos quando o Jornal do Campo fez uma reportagem na sua casa mostrando os detalhes e a história do socol. No domingo que a matéria foi ao ar eu estava em Venda Nova do Imigrante, na casa de Cacilda e assisti o programa com a família. No final da reportagem o telefone não parou de tocar, eram telespectadores curiosos e saudosos do tempo que moravam no interior. Duas horas depois muitas pessoas chegaram na casa de Cacilda. A reportagem que feita por Patrícia Mosé, além de uma aula de culinária e de História, no seu encerramento forneceu o número do telefone de Cacilda.
Tia Cila Altóé tinha nas mãos e na cabeça a capacidade quase que divina de fazer doces e biscoitos. Foi pioneira no Agroturismo capixaba. Com experiência de dezenas de anos no manejo com o trigo, fubá e frutas, sua fama ganhou pernas e foi bem além da fronteira geográfica de Venda Nova. Um dia bati a sua porta para realizar uma reportagem. Daí em diante a sua fama cresceu e o grupo conhecia ficou bem maior, a produção teve de ser aumentada.
Algumas semanas depois da reportagem voltei para saber o resultado. Tia Cila uma mulher determinada e franca, foi logo falando: é Mansur, depois da reportagem umas quatro pessoas daqui de Venda Nova começaram a fazer biscoitos.
Tomei um susto e me restou uma saída: duvido que façam com a sua competência e qualidade. Mais adiante muitas das iniciantes já haviam parado a produção, mas as suas vendas aumentaram.
Iria Carnielli Busatto era uma figura exemplar e tinha a capacidade para sintetizar situações e indicar caminhos. No início do Agroturismo ela percebeu que o turista que ia a sua casa de ônibus gastava menos quando comparado ao turista que ia de carro. O dinheiro era contado. Mas ela falou para o futuro, “tenho certeza de que no dia que melhorar de vida e tiver um carro, ele voltara e comprara mais. Isto é que é visão de futuro e ter certeza do que está fazendo e produzindo tem valor.
Duas colocações que Iria fazia eu guardei na memória e as distribuo às pessoas interessados no Agroturismo. A primeira é sobre a sua família: aqui em casa nós discutimos e brigamos. Mas nós trabalhamos. A segunda: quando pela manhã via meu pessoal desanimado ia logo dizendo: vamos desamarrar a cara, porque vai chegar quem nos sustenta, o turista.
Estas três mulheres são destaques. Pena que Tia Cila e Tia Iria já tenham sido chamadas por Papai do Céu. Tia Cacilda continua firme no Agroturismo

PIO CORTELETTI, PIONEIRO

17-07-2012

No final da década de 50, recém formado em farmácia, o Sr. Pio retornava ao estado para pedir ao pai Sebastião dinheiro para abrir uma farmácia.  Vendo que o pai se encontrava em dificuldades, resolveu assumir os negócios, foram anos difíceis. Pio fez uma parceria com o IBC, que trouxe técnicas do plantio em curva de nível, adubação e tratos culturais, uma inovação para a época. Adquiriu sementes do catuai 99 vermelho do IAC (Instituto Agronômico de Campinas) e tornou-se  produtor de sementes, para o Espírito Santo e demais estados. Mas adiante resolveu ingressar no descascamento de café arábica, 1960, obteve grande qualidade. O que permitiu ser o primeiro capixaba a exportar café para Alemanha e Copenhague. Nunca mais parou de despolpar café. Até aqui somente o café arábica, mas o conilon veio e convive na mesma altitude, na faixa de 500 metros, em Santa Teresa.
 Em 2010 resolvemos  descascar o conilon, 200 sacas e obtivemos um ágio de R$30,00 por saca. Levamos a novidade para a Associação de Produtores Rurais de Rio Perdido, de imediato aceito pelos produtores  Luís Carlos Gomes e Marcelo Corteletti. Em 2011 chegamos a 2.000 mil sacas. Convidamos a Coopeavi, Incaper e a Revista Conilon Brasil, para fazerem um movimento sobre a qualidade do conilon descascado. Em 2011 realizou-se o 1º encontro do conilon descascado, com a participação de mais de 500 produtores.
 Hoje são 16 associados que sabem que o caminho da qualidade é uma forma de agregar valor. Através trabalho do seu Pio, os cafés da região estão entre os melhores cafés robusta do mundo e foram vendidos pela Coopeavi para Rússia.
 Um comprador da Coréia conheceu o produto final o que animou mais associados que estão acreditando que o negócio irá crescer. O conilon está subindo a montanha, segundo estudos apresentam uma acidez mais alta e uma doçura acentuada, uma bebida de melhor qualidade. A Coopeavi tem o concurso de conilon descascado Pio  Corteletti, em homenagem a sua visão que, colocou os cafés capixabas na vitrine do Mundo;
A cafeicultura capixaba vai assim sendo construída por ações de produtores empreendedores que ao encontrar nova forma de trabalhar, nunca a esconde de forma egoísta, somente para si. Este texto foi construído como resultado de conversas que mantive com o cafeicultor Sergio Soares da Silva, que é genro de Pio Corteletti, que não mais está no nosso convívio.  

Ação integrada entre secretarias para impedir despejo irregular de lixo

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A Prefeitura de Cariacica retirou 425 mil quilos de resíduos acumulados de maneira irregular no bairro Nova Brasília. Só nesse local, o lixo gerou um prejuízo aproximado de R$ 7 mil ao município. A ação teve início na segunda (24) e deve ser concluída nesta sexta (28). Além de executar a limpeza, o objetivo é coibir o despejo do lixo no local. Para isso, as secretarias municipais de Serviços (Semserv), Meio Ambiente (Semmam), Desenvolvimento Urbano e Habitação (Semdur), Obras (Semob), Segurança Pública e Defesa Social (Semsep) trabalham de forma integrada.
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Para a limpeza da área a Prefeitura gastou mais de R$ 7 mil
O local fica nas proximidades do futuro Parque Municipal “O Cravo e a Rosa”. Além do acúmulo do lixo, tais como pneus, madeiras e podas de árvores, os moradores também são afetados com a queima dos materiais.
Segundo o secretário da Semob, João Felício Scardua, para por fim a essa situação, a área será monitorada. “Vamos buscar formas para fiscalizar a região. Já conversamos com alguns moradores para nos auxiliarem, pois o lixo é despejado durante a madrugada. Por isso, precisamos da colaboração da população para flagramos o ato e identificarmos as placas dos veículos que jogam o material neste local”, explica o secretário.
O Código Municipal de Posturas, Lei 1.839/88, prevê a punição para quem faz o descarte irregular de lixo em espaço público. Quando o indivíduo que comete a infração for identificado, a equipe de posturas irá notificá-lo e orientá-lo a limpar a área. Em caso de reincidência, o responsável é multado em R$ 667,60. Nos casos de terreno particular, o proprietário é notificado e tem o prazo de 30 dias para limpar e cercar o local. O não cumprimento também implica na multa.
Para denunciar qualquer situação de descarte irregular de lixo, o morador pode ligar para a Coordenação de Posturas de Cariacica, no telefone 3354-5113. Caso o morador consiga fotografar o ato, ele deve encaminhar a imagem para posturas@cariacica.es.gov.br
Serviços
Desde começo do ano, mais de 30 pontos de depósito de lixo foram recuperados. Atualmente, existem mais de 300 áreas com resíduos. A recuperação é feita com o apoio dos moradores. A Semserv e Semdur buscam sensibilizar os proprietários dos terrenos quanto à necessidade de se cercar a área. Nos espaços públicos a Semserv é quem executa a limpeza.
O serviço de recolhimento de entulhos em locais indevidos gera um custo de R$ 120 mil. Por ano, este valor chega a representar R$ 1,4 milhões dos recursos da Prefeitura. Com esse montante a administração poderia construir um Centro Municipal de Ensino Infantil (Cmei) ou uma Unidade de Saúde, ou ainda cinco capelas mortuárias. Outra opção seria a drenagem e pavimentação de sete ruas.